SBSC 2025

HORÁRIOS SEGUNDA (02/06) TERÇA (03/06) QUARTA (04/06) QUINTA (05/06) SEXTA (06/06)
8:00-9:00
Credenciamento
9:00-10:30

Concurso de Teses, Dissertações e TCC’s (Sessão 1)

MaratonaColab

Desenho de Pesquisa (Sessão 3)

Artigos de Pesquisa (Sessão 2)

Ideias Inovadoras e Resultados Emergentes (Sessão 2)

Artigos de Pesquisa – Candidatos a Best Paper (Sessão 4)

10:30-11:00
Coffee Break
11:00-12:30

Concurso de Teses, Dissertações e TCC’s (Sessão 2)

MaratonaColab

Artigos de Pesquisa (Sessão 1)

Palestrante: Cláudio Pinhanez

Artigos de Pesquisa + Artigo Internacional (Sessão 3)

Palestrante: Adriana Vivacqua
12:30-14:30
Almoço
Premiação e Encerramento
14:30-16:00

Desenho de Pesquisa (Sessão 1)

MaratonaColab
Speed mentoring academia

Ideias Inovadoras e Resultados Emergentes (Sessão 1)

Reflexões e Provocações
16:00-16:30
Coffee Break
16:30-18:00

Desenho de Pesquisa (Sessão 2)

MaratonaColab

Alianças Femininas e Resistência Indígena: Palestra com Flávia Melo e Sileusa Monteiro

Speed mentoring industria
Colaboração e Extensão
18:00-19:00
Cerimônia de Abertura
Reunião da CESC
19:00-21:00
Coquetel
Jantar

Palestrantes

Claudio Pinhanez

IBM Research - Brasil

Fomentando o Uso de Línguas Indígenas no Mundo Digital: Experiências com Processos de Co-Desenvolvimento Ético

Será que ferramentas digitais, e baseadas em IA, podem ser usadas para fomentar o uso línguas indígenas que estão em perigo de desaparecer? Nesta palestra descrevo a trajetória do projeto PROLIND, realizado pela IBM Research Brasil e pela Universidade de São Paulo, apresentando o processo de construção de ferramentas, feito em um processo de co-desenvolvimento com comunidades indígenas, visando o estímulo e a facilitação da escrita, e usando modelos LLM para criar corretores ortográficos, preditores de próxima palavra e dicionários.

Com base nesses processos, são discutidas questões éticas e de engajamento com as comunidades e as pessoas indígenas, bem como questões específicas de um processo de co-design trans-cultural. Também exploro alguns desafios no desenvolvimento de tradutores de alta qualidade para línguas indígenas por meio do fine-tuning de tradutores automáticos com minúsculas quantidades de dados, discutindo as questões de propriedade intelectual envolvidas. Por fim, apresento um futuro para a documentação em que línguas em vias de desaparecer são preservadas como modelos de linguagem interativos.

Sobre o palestrante:
Claudio Pinhanez é cientista, inovador e professor. É Principal Research Scientist do laboratório da IBM Research no Brasil. É também vice-diretor do Centro de Inteligência Artificial da Universidade de São Paulo (C4AI) e professor visitante do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. Ele fez doutorado no Media Laboratory do MIT e é especialista em inteligência artificial, interação homem-máquina, sistemas conversacionais, e ciência de serviços. É um dos líderes do projeto PROLIND, da IBM Research e da USP, que está explorando o uso da inteligência artificial no fomento e vitalização de línguas indígenas brasileiras.

Adriana S. Vivacqua

Instituto de Computação
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Um Café e dois Dedos de Prosa: O Informal na Era Digital

Muito já se falou sobre a importância das interações informais. Seja no contexto de equipes de trabalho ou da vida em sociedade, é frequente a disseminação de informação por canais informais. A comunicação informal tradicionalmente se concretiza nos encontros pelo corredor, nas conversas no bebedouro ou nas paradas para o cafezinho. Estas interações informais contribuem para a formação de comunidade, estabelecimento de confiança e o trabalho em equipe. Com o avanço das tecnologias digitais, e a adoção em larga escala do trabalho remoto e o aumento das interações mediadas pelo computador, os espaços informais se reduziram, e estas interações têm se reconfigurado. Nesta conversa, propomos uma reflexão sobre a importância do informal, como este se manifesta nos ambientes online e como poderíamos reconquistar esses espaços nestas novas configurações.

Sobre a palestrante:

Adriana Vivacqua é docente do Instituto de Computação da UFRJ, onde também atua como Diretora Adjunta de Pesquisa. Pesquisa na área de Sistemas Colaborativos desde 1995, com passagens pela UFF, MIT e COPPE/UFRJ. Já atuou como coordenação geral, coordenação de programa e em várias outras posições em conferências nacionais e internacionais, como SBSC, ACM GROUP, ACM CSCW, CRIWG e IEEE CSCWD. Atua como VP for Membership no Comitê Executivo da SIGCHI, onde já foi também VP at Large e Associate Chair for Equity. Foi Jovem Cientista do Nosso Estado da FAPERJ e Bolsista de Produtividade do CNPq. Tem interesse em awareness para colaboração, engenharia de software, sistemas de recomendação, análise e visualização de dados, IA aplicada e gestão de emergências. Atualmente pesquisa na área de Literacia de Dados e Engenharia de Software Colaborativa.

Alianças Femininas e Resistência Indígena: Redes de Cuidado, Colaboração, Luta e Conhecimento

Este momento reúne duas antropólogas cujas trajetórias evidenciam diferentes perspectivas sobre a produção de conhecimento, os direitos indígenas e as lutas das mulheres na Amazônia. Flávia Melo, professora da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), atua em pesquisas sobre gênero, violência, Estado e fronteiras, com forte inserção em iniciativas interinstitucionais e colaboração com organizações indígenas, como o Departamento de Mulheres Indígenas do Rio Negro (FOIRN/DMIRN). Sileusa Natalina Menezes Monteiro, pesquisadora indígena do povo Dessana, é reconhecida por sua atuação na valorização das práticas culturais e saberes tradicionais, com ênfase nas epistemologias originárias. A conferência propõe uma reflexão sobre as formas de colaboração entre mulheres indígenas e não indígenas, destacando redes de cuidado, alianças políticas e intercâmbios de saberes que contribuem para a construção de uma ciência mais plural, situada e comprometida com os territórios.

Sobre as palestrantes:

Flávia Melo

UFAM

Flávia Melo é antropóloga, doutora pela USP, mestre pela UNICAMP e graduada em Ciências Sociais pela UFAM, onde é professora desde 2010. Desenvolve pesquisas sobre gênero, Estado, violência e fronteiras na Amazônia, com forte atuação em iniciativas interinstitucionais e transdisciplinares. É fundadora do Observatório da Violência de Gênero no Amazonas (OVGAM) e colaboradora do Departamento de Mulheres Indígenas do Rio Negro (FOIRN/DMIRN), onde contribuiu para a formação de Promotoras Legais Populares Indígenas. Sua trajetória se destaca pelo compromisso com os direitos humanos e a justiça social, com foco na escuta e no fortalecimento das vozes indígenas, especialmente das mulheres. Integra ainda a Comissão de Direitos Humanos da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e atua como consultora do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH).

Sileusa Natalina Menezes Monteiro
Pesquisadora Indígena

Sileusa Natalina Menezes Monteiro é pesquisadora indígena do povo Dessana, originária de São Gabriel da Cachoeira (AM). Foi premiada em 2024 pelo Programa Ancestralidades de Valorização à Pesquisa, com o projeto “Da carne da terra se faz a cerâmica”, voltado à valorização dos saberes e práticas culturais indígenas. Sua pesquisa reafirma o papel da ancestralidade e da tradição material na construção de conhecimentos e identidades indígenas. Ao trazer à tona memórias, práticas e tecnologias do seu povo, Sileusa fortalece a presença indígena no campo acadêmico e cultural, contribuindo para a valorização das epistemologias originárias e para a construção de uma ciência plural e enraizada nos territórios.